segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Se eu fosse eu...

O cansaço emocional tomou um espaço maior que o ânimo para fazer tudo aquilo que planejei ou gostaria de executar.
Os sonhos da jovem em formação estão guardados, e muitos, até esquecidos, junto com todas as apostilas e livros que tinham a intenção de preparar aquela jovem professora, numa profissional de sucesso e plenamente realizada.
Durante a adolescência e juventude, usei a leitura como fuga, mas descobri-me, muitas vezes, com a sensação de que aquele autor “me conhecia e falou diretamente comigo”. Por isso, os livros sempre foram como amigos, sempre prontos para uma conversa. 💬
Se eu fosse eu... na primeira infância, lembraria de agradecer a meus pais pelo investimento em tantas coleções e enciclopédias compradas, com muito sacrifício financeiro, na esperança de nos dar todo a educação que eles não tiveram.
Se eu fosse eu... na alfabetização, também agradeceria a D. Júlia, D. Ana e D. Edna, por sua dedicação e afeto em meus primeiros passos na descoberta da leitura e escrita.
Se eu fosse eu... adolescente, procuraria a D. Einá, minha primeira professora de Geografia, e lhe agradeceria por me apresentar essa linda disciplina e me oportunizar descobrir o gosto pelos mapas e o desejo de conhecer terras longínquas. Mas também procuraria o professor Afrânio e lhe diria que intimidar uma menina tímida de 11 anos em frente a uma grande turma, lhe minaria todo segurança e vontade de participar oralmente das aulas. Diria ao professor Antônio, que não se diz a uma adolescente: se vire, o problema é seu;
pediria a ele que orientasse aquela adolescente a buscar aulas particulares e orientações pedagógica de sua coordenadora. 😕
Quando levo leituras diversas aos meus alunos, quero proporcionar a eles, todas as experiências fantásticas que vivi com meus livros, esperando que eles possam ser tocados e contagiados pelos autores e suas estórias.👏👏👏
No entanto, Se eu fosse eu..., não acataria a todas as regras e determinações ‘sugeridas’ pelos ‘estudiosos’. Se eu fosse eu... teria toda liberdade de apresentar aos meus alunos todos aqueles ‘amigos’ que me acompanharam e ‘conversaram’ comigo quando, nem mesmo eu entendia que estava precisando de um amigo silencioso e tão aconchegante quanto um abraço. 🙏

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